21 de outubro de 2008

Estamos de volta!

É verdade, voltámos, e com um belíssimo texto da Rita Oliveira e da Patrícia Martins, do 12ºC. Que lucidez!

Depois, uma apresentação criada por alunos do 8ºA, no âmbito do PNL.


A Pequenez Humana

Nos dias que correm, podemos pintar o mundo a preto e branco, onde o preto é a cor que predomina. Aqui, é impossível ignorar a presença do egocentrismo, da ganância desmedida, do carácter fraco e débil e da indiferença desumana.
A pátria chora a seiva vermelha derramada nas guerras, a coragem desvanece. A visão cegou devido à hipocrisia e à tirania. A presunção das aparências tornou o Homem materialista, mundano. A falsidade da tão proclamada igualdade mudou-nos para além do reconhecimento.
Somos uma nação hostil para com estranhos. Um continente ambicioso, sem escrúpulos. Um país insolente e comodista. Os nossos representantes são corruptos e aproveitadores. Dos altos cargos do Governo ao homem que suplica por comida nos becos escuros e ocultos das ruas mais opulentas da cidade.
O escárnio e o mal dizer saiem das esquinas, junto das casas exemplares quando ninguém está a olhar. O medíocre brinca com o insignificante quando o decoro vira as costas. Os leitos promíscuos gozam com a dignidade. A desonra é motivo de orgulho e o crime passa sem punição.
Uma sociedade poluída, sem civismo. O que outrora foi coragem é hoje cobardia. A generosidade deu lugar ao egoísmo, o politicamente correcto ao desinteresse. A sinceridade não é mais do que um sinónimo de sarcasmo.