22 de maio de 2013

12.04.2013 dia de teste intermédio... e as inquietações de uma aluna"



12.04.2013 foi dia de teste intermédio... é um texto criativo elaborado por uma aluna, reflete as  suas inquietações ou as inquietações de muitos alunos que estão na mesma situação. 





"12.04.2013 


Nesta sexta-feira tive Teste Intermédio de Matemática às 10h30.
Estava um pouco nervosa. Passei o intervalo todo com o livro na mão, o que tinha os resumos todos. Fotocopiei de novo o formulário, apesar de já o ter feito em casa...
Fui ter com a Adriana e a Maria, que não me aliviaram o espírito tanto como esperava.


E a hora chegou.


A professora de Inglês distribuiu a primeira parte, com calculadora. Até me sentia relaxada. A Ângela sentou-se à minha frente. Gosto muito de estar ao pé dela, fico mais calma, mais segura.
Comecei a fazer o teste. Estava tudo bem, até bem demais. 
Apareceu a professora Diana, para verificar os nossos formulários. Culpa do João, durante a aula da professora Joana. Que teimoso, levar o formulário do explicador. O professor Tomás bem que avisara a turma várias vezes. Contudo,  há pessoas casmurras. E a professora Diana obviamente não se deixava enganar por um piolho, viu logo tinha mais fórmulas que o resto daquela turma. Vim a saber desta história ao almoço.
Voltando para o meu desastroso esforço matemático...
O último exercício lixou-me logo a vida. A partir daí pensei:"já foste". 
- Faltam dois minutos - avisava a professora Cláudia.
E pronto, fez-se luz. Ia escrever, como os meus colegas dizem, "à candonga", mas podia ser que tivesse mais um ponto ou dois (o que não aconteceu, visto que cheguei ao tablet à noite vi os critérios de avaliação).
Recolheram-se as primeiras folhas e foi-nos entregue a segunda parte, sem calculadora. Eu sabia que não ia precisar dela, em casa também não a uso assim tanto, mas ter aquele espaço vazio na secretária deixou-me insegura, foi deveras desconcertante. Nada a  que eventualmente me vá habituar.
Logo na primeira folha começou a tragédia. Ainda por cima o exercício que envolvia volumes tinha como figura que tipo de objeto? - Exacto, não é difícil de adivinhar - uma CALCULADORA. Filhos de alguém que eu cá sei dos professores que trabalham no gave. Ainda dizem que querem o melhor para nós. Já os conseguia imaginar a rir num bar no Bairro Alto a beber cocktails e comer doces à noite,  depois do nosso TIM: 
" Devem ter ficado tão parvos quando viram o exercício! Hahaha!" 
"Sim, boquiabertos, sem saber que fórmula utilizar! Heheheheheheheheh! " 
"Ainda por cima eram logo duas fórmulas!" 
"E três exercícios derivados do mesmo enunciado!" 
"Era capaz de pagar para ver as caras deles! MUAHAHAHAHAHA!"
Ou, sim eles iam ver. Mal esperava eu para lhes bater à porta, disfarçada de polícia para ver as suas caras ao analisarem os resultados horríveis do 9º ano. Era para aprenderem que connosco não gozam. 
Sim, eu faço muitos filmes na minha cabeça, mas devo ter perdido apenas meio minuto para visualizar tudo isto.
Onde é que eu ia...? Certo, retomando o TIM.
E a partir daí foi a desgraça total. Eu fiz aquilo que consegui, até resolvi exercícios que não sabia fazer para acabar a tempo.
A meio desta parte pedi à Margarida, sentada ao meu lado, a folha de teste sobresselente que comprara. Infelizmente não ia precisar dela. Bem que a tentei ajudar durante o teste, mas decorreram dois grandes fatores para que isso não acontecesse. 


Razões que não me permitiram ajudar a Margarida:


1.  Se eu não sabia fazer para mim, como é que ia fazer para ela, ou, pelo menos, guiá-lá?
2. Com aquela professora, a olhar para mim sempre que levantava a cabeça para respirar fundo ou a olhar pela janela, que olhava para o relógio três vezes por segundo, penso que mais ninguém conseguiu ajuda.


Bem, acabei mesmo nos últimos 5 minutos. Fiz uma revisão e conseguia imaginar-me a mais tarde tirar uma fotografia às minhas respostas para colocar no facebook " se chegar aos 1000 likes vou apadrinhar uma criança em África" - e provavelmente procurar alguém que lhe ensinasse Matemática e outro alguém para fazer os testes por ela, para que não morresse com um AVC como a sua madrinha.
Pronto, foi assim que aconteceu. Não, não é essa série que estão a pensar. No entanto, devo confessar que aqueles 5 amigos são uma bela companhia para rir.
Autora: Clara Sousa"
Este texto tem direitos de autor reservados, pode ser divulgado, mas não alterado.  

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